sábado, 1 de março de 2014

O carnaval chegou. E agora?

Pintar o rosto e se mascarar para um ritual pagão está longe de ser invenção brasileira. Os gregos assim agiam para celebrar as festas Lupercais e Saturnais e muito antes disso os egípcios se adornavam para homenagear seus deuses Íris e Apís.

Nos idos dos anos mil e quinhentos, os portugueses colonizadores introduziram no Brasil uma festa chamada Entrudo, que consistia numa grande brincadeira onde em correrias ensandecidas as pessoas jogavam objetos (ovos, farinha, água e frutas)  uns nos outros. É claro que em nosso país tudo se miscigena e evolui para a imoralidade; e assim sendo, no século XX surgem os blocos carnavalescos que passam a atrair uma multidão fantasiada para as ruas, dando origem a formação das escolas de samba e seus desfiles grandiosos. 

Mantendo a tradição do Entrudo, essa festa carnal acontece antes da chamada “quaresma” (período que segundo o catolicismo antecede a pascoa cristã) e ano após ano agrega novos elementos imorais, sendo tais inserções profanas legalizadas pela própria conduta social do brasileiro, que salva as exceções, imerge ladeira abaixo na degradação dos valores cristãos e familiares.

Pois bem, fato é que tal festa se alastrou geograficamente, historicamente e culturalmente, sendo um cartão postal do Brasil para o mundo, e provavelmente seria mais fácil remover toda a floresta amazônica de nosso território do que retirar o Carnaval do calendário oficial do país. 

Mas como Cristãos o que devemos fazer em tempos de carnalidade explícita e exacerbada?  

Uma prática comum entre os jovens cristãos é o RETIRO ESPIRITUAL. Muitas igrejas tem se utilizado desta ferramenta para poupar seus membros de uma maior exposição as tentações acentuadas do período. Desde que realizado dentro de princípios e com estruturação realmente espiritual, este isolamento social é benéfico e eficiente. Seu ponto mais fraco porém, está na logística e no custo, afinal organizar um evento deste porte exige pessoas capacitadas e alto investimento financeiro, o que inviabiliza a realização desses retiros na maioria das igrejas. 

Logo a solução definitiva não é o isolamento, mas sim o enfrentamento.

Não somos deste mundo, mas é aqui que moramos no momento. Não nos alimentamos dessa carnalidade, mas nossos vizinhos nos convidam insistentemente para um banquete... E Jesus não nos ensinou a fugir de um jantar com pecadores, não é? (Mateus 9:10-12)

Houve um jovem na Bíblia que pode nos ensinar alguma coisa sobre como se comportar durante esta refeição.

Seu nome era Daniel e ele foi um dos nobres levados cativos para a Babilônia na primeira deportação de Judá. Ao chegar em sua nova moradia, aqueles moços foram levados ao palácio e tratados com honras pelos caldeus. O rei Nabucodonosor ordenou que seus “convidados” fossem alimentados com a mesma comida servida para a família real. Ótimos vinhos, elaboradas massas, vegetação orgânica e carnes selecionadas. O problema é que na cozinha do palácio, os sacerdotes pagãos eram tão influentes quanto os chef´s, pois toda refeição antes de ir para mesa era oferecida e consagrada para Nebu, Bel ou  qualquer outra deidade babilônica. Pratos belos, saborosos e contaminados. Daniel então decide que “NÃO” irá se alimentar com esse “veneno” saboroso e nos anos seguintes ingere apenas legumes e água, mesmo contrariando seu mentor. Quando os médicos caldeus vão examinar aqueles jovens, Daniel é o que apresenta os melhores índices de saúde (Daniel 1:1-21).

Ele não se isolou dos demais. Ele não se recusou a sentar em sua cadeira. Ele estava lá na sala de jantar e ali ficava durante toda a refeição. Mas ele tomou uma posição em relação à mesa e disse não aos alimentos que sabia ser espiritualmente nocivos. Este é o segredo para o crente passar iluso pela temporada de folia: POSTURA e DECISÃO

Os pratos serão servidos e o cheiro será capitado pelo seu olfato. As cores irão reluzir em seus olhos e as “delícias” estarão ao alcance de suas mãos; já que infelizmente ainda estamos na mesa e dela só sairemos para encontrarmos Jesus nos ares.

Portanto aprenda a dizer NÃO. 
Escolha dizer NÃO. 
Decida dizer NÃO.

Ei, que tal uma farra, uma festinha, um bailinho de matinê, só para aliviar o stress?
NÃO!

Que tal uma dose de corpos torneados e sedutores?
NÃO!

Algumas horas apreciando a beleza desta expressão artística do povo brasileiro?
NÃO!

Você estaria interessado em uma noite de sexo casual ou encontros amorosos sem compromisso?
NÃO!

Não fuja do carnaval por ter medo dele. Resista ao carnaval por temer ao Senhor.

Desligue a TV.
Reduza seu tempo nas redes sociais.
Leia um bom livro.
Mergulhe na Palavra.
Ore mais que o normal.
Vá em uma reunião da igreja que você não costume frequentar.
Saia nas ruas com sua luz acessa (ela espantara as trevas).
Carregue sua Bíblia (isso afugentará os mal intencionados).
Ande de mãos dadas com o Espírito Santo (ele sabe quais caminhos evitar).


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