quinta-feira, 18 de setembro de 2014

EBD: O maior legado de um líder


Texto Áureo
Chamou Moisés a Josué e lhe disse na presença de todo o Israel: Sê forte e corajoso; porque, com este povo, entrarás na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a teus pais; e tu os farás herdá-la. 
Deuteronômio 31:7

Verdade Aplicada
Não deixar um legado é como roubar o futuro da próxima geração. Líderes sem legado são líderes sem história.

Texto de Referência
Números 27:15-20

Então, disse Moisés ao Senhor:
Ó Senhor, autor e conservador de toda vida, ponha um homem sobre esta congregação, que saia adiante deles, e que entre adiante deles, e que os faça sair, e que os faça entrar, para que a congregação do Senhor não seja como ovelhas que não têm pastor.
Disse o Senhor a Moisés: Toma Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe-lhe as mãos; apresenta-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação; e dá-lhe, à vista deles, as tuas ordens.
Põe sobre ele da tua autoridade, para que lhe obedeça toda a congregação dos filhos de Israel.

Construindo um legado

Nossa vida nesta Terra é extremamente curta, sendo chamada pela Bíblia de brisa, sopro e uma pequena planta que nasce e rapidamente morre. Na pratica, temos pouquíssimo tempo para realizar a missão que nos foi confiada, e por mais que consigamos avanços consideráveis, infelizmente alguma coisa sempre fica para traz. É inegável que nossos dias estão relativamente mais curtos, e nossas “horas” se tornaram artigo de luxo. São tantas as ocupações e preocupações que fica praticamente impossível administrar o tempo disponível para atender tamanha demanda. Atividades diárias se acumulam sobre nossas costas e nos obrigam a estabelecer prioridades, o que fatalmente fará com que momentos importantes e decisivos sejam sublimados pelo cruel carrasco cronológico. A modernidade impõe um julgo praticamente desumano sobre o individuo, e essa imposição é aumentada sobre o líder cristão, que precisa mensurar em poucas horas o teórico e o pratico, a ação e a reação, o planejamento e a execução, o material e o espiritual, a vida secular e o ministério. 

Devido à necessidade de se fazer mil coisas em um período relativamente escasso, é que muitas vezes, coisas importantes ficam sem fazer. Em suma, toda esta realidade se encerra na mais pragmática das revelações: é impossível fazer tudo sozinho.  Mas esta não é uma verdade pertinente apenas aos nossos dias, pois desde a antiguidade, os textos sagrados explicitam a necessidade do trabalho em equipe, em referências como as encontradas em Provérbios 24:6, Eclesiastes 4:9-10, Isaías 41:6 e Lucas 10:1. Já no Éden, a existência da vida humana foi drasticamente reduzida em decorrência do pecado (Gêneses 2:17), e mais nenhum homem conseguiu ser pleno em realizações, pois nossa vida se finda antes de nossas ambições. Assim, cada pessoa aproveita o “gancho” deixado por outros, para a partir deste ponto começar a desenvolver algo pessoal e possivelmente relevante, que chamará a atenção da próxima geração, que usará este novo “gancho” para suas próprias inovações. Tem se então a verdade por traz do jargão: Neste mundo nada se inventa, mas se copia.

A grande preocupação que devemos ter, se divide em duas etapas. Na primeira avaliamos se nossas ações honram o que foi construído pelos patriarcas que sucedemos, e também, se estamos construindo algo realmente sólido para a posteridade. Ninguém é pleno sozinho... Ninguém consegue ser completo no isolamento. Precisamos trabalhar em conjunto com os que foram e com os que serão, afim de construir uma história e perpetrar um legado. Como do passado nada se pode alterar, nosso estudo foca em como podemos construir o hoje para a gente do amanhã.

Um pai responsável sempre age pensando em deixar uma herança para seus filhos. Em relação à organização Igreja, um líder deve ver a si mesmo como um pai que busca deixar tesouros para seus filhos (II Coríntios 12:14). Nós seres humanos fomos criados para reprodução (Gêneses 1:28). Nossa história não termina em nós, daí a necessidade de compreendermos o que significa deixarmos um legado para a posteridade. Um líder sábio trabalhará pela sua igreja, departamento ou organização secular para que elas se mantenham depois dele, não se acabe quando ele sair ou venha a falecer. Todo líder cristão que tem Jesus como modelo procura deixar um legado. É claro que para que isso aconteça eficientemente não dependerá apenas do líder, mas de sua equipe, diretoria, e do próprio sucessor.


O que é um legado?

Liderança é algo absolutamente pessoal. Ou se exercita ou se renuncia. Todavia, existe uma terceira coisa que pode ser feita, passá-la a um sucessor. Esse é realmente um dos maiores desafios de nossos tempos. O legado é uma herança que se deixa para alguém quando morre. Legado nada mais é do que deixar alguém pronto para dar seguimento ao que já estava sendo feito, para que tal coisa não seja desprezada e desapareça com o tempo. Todo líder de uma grande organização dirige com o hoje e o amanhã em sua mente. Jesus preparou seus discípulos não apenas para caminhar a seu lado, mas para dar seguimento ao que fazia quando partisse. Jesus não deixou templos nem riquezas para seus discípulos administrarem, mas deixou um pensamento e uma cultura que deveria ser compartilhada através deles e daqueles que a recebessem (João 17:20). Um grande líder pensará numa maneira de manter sua igreja ou organização quando não estiver por perto. Assim, será ousado em inovar buscando adequar-se aos novos tempos e desafios. Poderá também usar de sua influência para preparar o caminho de seu sucessor e até indicá-lo em acordo com sua diretoria ou equipe. 

Lembremos que, sob a direção de Deus: Moisés, Elias, Jesus e Paulo se utilizaram de suas influências para deixar um sucessor. E os sucessores desses homens se esforçaram para honrar a confiança a eles outorgada cumprindo o seu papel. A única forma de desenvolver uma ampla liderança é fazer com que a formação de novos lideres faça parte da nossa cultura. Observe que a preocupação de Moisés não era ficar de fora da terra da promessa, sua preocupação era o que aconteceria ao povo, quem o sucederia, quem iria dar continuidade a partir dali (Números 27:15-17). Líderes passam a visão para as gerações futuras. Por isso, é importante preparar alguém, porque a vida é breve, e a partida é sempre repentina. Qualquer líder que deseje ver sua organização progredir, deve estar disposto a pagar o preço para assegurar um êxito duradouro. Moisés pode partir em paz, porque sabia que Josué honraria seu legado. Mas será que o sacerdote Eli poderia dizer o mesmo? Fica aqui uma pergunta: líderes que não prepararam outros, viveram para quê?

Os líderes passam a compreender a importância de um legado quando são sucedidos por outros que afundam ou destroem aquilo que construíram com amor, suor e muitas lágrimas. Nessa hora a indignação toma conta da vida de um líder. Todavia, deveria pensar em uma coisa importante. Se realmente houvesse feito um bom trabalho naquela igreja ou organização, não importaria quem viesse liderar depois dele. Pois qualquer um que assumisse, estaria apto para levar adiante aquele propósito inicial. E aí que pecamos! Sabemos construir templos, sabemos reformá-los, dar-lhes dimensão e aparência. Mas, infelizmente, deixamos a desejar no tratamento de almas e morremos muitas vezes sem sucessão. Talvez essa reflexão nos faça compreender melhor o significado de um legado, e porque Moisés buscou a Deus pedindo um líder capaz (Números 27:15-17). Todo líder um dia deixará sua organização de uma maneira ou de outra. Por uma ascensão ministerial, para atender um chamado urgente, por ser jubilado, e, ainda que se negue a jubilar-se, um dia vai morrer. Por isso, um líder deve estar enfocado na próxima geração. Deve preparar sua organização para enfrentar um futuro inevitável.

O propósito de um legado

Muitos acreditam que um exército de ovelhas lideradas por um leão, venceriam facilmente um exército de leões liderados por uma ovelha. Isto porque o líder tem a capacidade de moldar seus liderados de acordo com sua própria mentalidade. Esta dádiva é uma faca de dois gumes, pois quando não usada com sabedoria se torna em maldição. Líderes fracos fatalmente forjarão grupos fracos, e líderes fortes, fortaleceram seus liderados, por mais fracos que sejam. Este princípio vale para qualquer outra esfera de ação, tais como o empreendedorismo, a dedicação, a inventividade e a pró atividade. O líder sempre ira ditar o ritmo da caminhada de seus liderados.   Um dos primeiros e mais visíveis sintomas de uma liderança doentia, é que ela se concentra e se implode em seu próprio epicentro, já que na ausência de confiança em seu próprio liderar, o mau líder se nega a investir em alguém que pode substituí-lo e retirar de sua mão a autonomia e o poder. Em algumas organizações, como por exemplo no exército americano, um líder que seja julgado por sua própria tropa, como inapto para comandar, pode ser declarado incapaz, e em seu lugar, o segundo em comando assume o posto. Muitos líderes querem a todo o custo evitar que seus liderados tenham este tipo de discernimento, e para isso, não investem em jovens obreiros promissores, não preparam sucessores e nem municiam seu povo com o conhecimento, pois entende que essas ferramentas da boa liderança, podem tornar-se em armas contra ele. Mas o sucesso definitivo de um líder é exatamente a obra realizada por seus discípulos. Um grande e maravilhoso exemplo desta verdade é o próprio Jesus. Seu ministério terreno foi curto, com aproximadamente três anos de duração, porém, o mestre dos mestres dedicou este período a preparar seus sucessores em todos os aspectos, afim de que pudessem continuar sua obra quando estivesse ausente. E foi exatamente isto o que aconteceu. Com sua ascensão aos céus, os seus discípulos (alunos) se tornaram apóstolos (enviados), e deram seguimento ao trabalho iniciado na Terra pelo Messias. 

Vale lembrar que no momento em que a Igreja como uma instituição foi oficialmente inaugurada, conforme relato de Atos 2, Jesus já não estava presente em corpo físico, mas o legado por ele construído, deu embasamento para que seus pupilos assumissem a liderança da obra, e com o direcionamento do Espírito Santo, mudassem o mundo para sempre. Jesus, como o maior líder que já existiu, conseguia olhar homens aparentemente desqualificados e enxergar seu potencial adormecido. Então, sabendo que seu tempo estava findando, ele não media esforços para instrui-los e apronta-los, e seu esmero em preparar sucessores foi tão bem sucedido, que aqueles discípulos arrebanhados na Galileia são hoje reconhecidos como fundamentos da grande Família de Deus, na qual Jesus é a pedra angular (Efésios 2:20). O grande sucesso da liderança de Jesus é que nem mesmo a sua morte pôs fim ao seu ministério. Haviam homem preparados por ele para dar seguimento ao seu projeto salvador. Paulo salienta que cada um tem seu papel nesta grande obra. Uns plantam, outros regam, mas é Deus quem faz crescer (I Coríntios 3:6).

Somos capazes de descobrir quantas sementes existem em uma laranja, mas é impossível saber quantas laranjas existem em cada semente. Essa é uma descoberta de quem planta. O que seria das próximas gerações de árvores e de frutos se a semente não fosse plantada? Deixar um legado é exatamente isso, é plantar para que a próxima geração produza muito mais frutos que a anterior. É pensar na perpetuação da espécie. Para isso um líder precisa ser um catalisador.  


Um líder catalisador

Cientificamente, o catalisador é uma substância que afeta a velocidade de uma reação, mas emerge do processo, inalterada. O catalisador é um agente transformador que se mantém intocável no curso de sua função. É uma enzima que se reproduz sem nunca ser alterada. Ele é como a matriz de uma produção, que a partir dela tudo se reproduz. Ou seja, o catalisador utiliza o que já existe, precisando apenas do pouco para produzir bastante. Sem enzima catalista a reação biológica mais lenta levaria um trilhão de anos para entrar e um processo de transformação. O maior exemplo de líder catalisador é Jesus Cristo. Ele levou três anos e meio para formar doze pessoas. Nós levaríamos um milhão de anos para fazer o mesmo. E por quê? Por causa de nossa incapacidade de reproduzir. Os catalisadores formam sucessores e não seguidores. Eles não são influenciados, eles confrontam. Havendo catalisadores, ocorrerão mudanças e transformação. Um líder catalisador não toma a visão para si, ele doa para o povo. Muitos líderes têm fracassado porque em vez de passar a visão querem que o povo siga suas personalidades. Nossa imagem é passageira, enquanto que a visão é gerações. Nós somos temporários. A visão não. Ela é pessoal, não é nossa, é para os filhos que ainda não nasceram.

Podemos dizer que tôo líder catalisador se torna um pai. Um pai porém, não cria filhos para si mesmo. Entenda! Não casaremos com nossos filhos, eles não viverão para sempre em nossa casa; um dia deverão seguir seus próprios destinos. Essa é a visão de um catalisador. Ele sabe que deve preparar alguém para alguém. O que esperamos de nossos filhos? O pai não deseja que seus filhos sejam como eles. Os pais trabalham no intento de que seus filhos avancem, progridam e alcancem degraus sempre mais elevados. Para isso devem lhes dar mantimento, vestimenta, educação e prepará-los para enfrentar os desafios da sociedade. Agora a pergunta é: fazemos assim com os nossos filhos espirituais? Cuidamos deles ao ponto de que possam assumir nosso legado e ir em frente? Investimos em vidas? Ou somente pregamos a Palavra achando que isso é tudo?

Todo líder catalisador é influente. Ele não busca nada em outro lugar, ele influencia com o que existe em suas propriedades sem deixar que sua propriedade seja alterada. Jesus influenciou o mundo sem jamais ser influenciado. Jesus jamais precisou copiar o modelo de alguém. Ele era o verbo, a ação (João 1:1). O fato de saber que Ele habita em nós, nos dá a garantia de que temos em nós a mesma unção que estava sobre Ele. Não precisamos ficar imitando modelos, eles dão certo dependendo da visão, do local, e da pessoa a quem o Senhor quis se revelar. A maior descoberta está no potencial que existe dentro de cada um de nós. Infelizmente nos apaixonamos pelos nossos próprios métodos e modelos de culto. Achamos que estamos fazendo a obra, mas, na verdade, só estamos tendo enfado e cansaço. É tempo de criar! O potencial para criação já nos foi dado, e está vivo dentro de cada um.


Preparando um sucessor

Os filhos de Israel eram uma enorme congregação que já se contava aos milhões nos dias de Moisés. Sabendo Moisés que, por determinação divina, não duraria muito mais, tomou as providências no sentido de preparar um sucessor. É claro que, ao saber que não entraria mais na terra prometida, Moisés se entristeceu muito, afinal tinha investido toda a sua vida naquilo. Ele orou para que Deus reconsiderasse a sua determinação, mas ao contrário, Ele permaneceu irredutível e passou a orientar-lhe no que fazer. Sabiamente Moisés ora ao Senhor, autor e conservador de toda vida, para que desse um líder ao seu povo, para que não ficassem como ovelhas dispersas. Então, o Senhor Deus ordenou a Moisés que tomasse a Josué, filho de Num, homem em que há o Espírito. Evidentemente, que era o Espírito Santo e também alguém que já tinha afinidade com o espírito de Moisés. Uma das atitudes mais importantes para que Josué viesse a aceitar e a permanecer na liderança foi o seu fortalecimento. Deus diretamente ordenou que Moisés fizesse todo um trabalho para o estímulo de Josué. Ele deveria ser apresentado a Eleazar, o sacerdote e perante toda a congregação. Ao receber a imposição de mãos e as orientações diante de todos, Josué estava sendo legitimado como sucessor de Moisés (Números 27:21-23). Todos a partir dali deveriam respeitá-lo de um modo diferente depois daquela legitimação. Não se sabe quanto tempo Moisés ainda viveu a partir dali, porém, tudo estava encaminhado agora. O exemplo de Moisés fala por si só e ensina qual é o procedimento correto nessa questão. Não precisamos ter que morrer para que se busquem, às pressas, alguém para substituir-nos, devemos também ter em mente a hora de passar o bastão.

Porém, uma verdade a ser ressaltada é que toda sucessão tem um tempo determinado. Todo líder que pensa no avanço e na progressão do Reino de Deus deve identificar a fase que está vivendo. Precisamos saber quando o tempo acabou, quando é a hora de parar, o momento de eleger alguém e o que Deus nos permite fazer ou não. Existe labores que a fase não nos permitirá fazer, porque não é o tempo, ou porque não seremos nós que iremos executar. Um grande exemplo para nós é Davi. Ele foi guerreiro, organizou os exércitos de Israel, fundou Jerusalém. Mas não pôde construir o templo. Não era sua fase. Isso era para Salomão, seu filho, executar. Davi só pôde ofertar e não construir. Mas ele desanimou? Não. Ele fez o que faz um bom líder. Ele proveu de tudo para o que vinha depois dele. Um bom líder não deixa dívida para o próximo. Dá-lhe meios para que execute. A geração de Josué foi muito diferente da geração liderada por Moisés. Josué era mesclado, possuía autoridade e sabedoria como Moisés e, sem perder suas características particulares. Mas o principal não era ser igual, mas seguir adiante com a nova fase do projeto divino. Existem períodos exatos para cada coisa acontecer (Eclesiastes 3:1). Temos que aprender a identificar esses períodos - estar sensíveis ao tempo de Deus.

Muitos são os exemplos bíblicos sobre a importância de um legado. Como já foi citado, Jesus preparou um grupo de doze homens para dar continuidade na construção as bases do cristianismo, e o resultado podem ser visto nos milhares de cristãos espalhados pelo mundo. Outros patriarcas também cuidaram de perpetuar o seu legado nas próximas gerações. Por exemplo, é impossível desvincular uma das outras, as histórias de Abraão, Isaque e Jacó, que ao continuarem o trabalho do antecessor, ainda lançaram novos fundamentos para os que viriam, e com isto deram origem a grande nação de Israel. Moisés orou ao Senhor pedindo um substituto e viu em Josué a pessoa perfeita para assumir o cargo. Fez dele seu homem de confiança, ensinou-lhe a liderar e coube à Josué, a honra de levar a nação israelita para a reconquista da terra prometida. Ao ser proibido pelo Senhor de construir o templo que tanto sonhava por ter mãos sanguinárias, o rei Davi tratou de fazer todos os preparativos para a construção, desde o terreno até os materiais, e seu filho Salomão construiu uma das sete maravilhas do mundo antigo, recebendo em seu templo, a glória do Senhor. Elias preparou Elizeu para seu um dos maiores embaixadores de Deus em seu tempo, e inclusive o instrui no que deveria fazer para se tornar um profeta ainda maior que ele mesmo. Em resposta, Elizeu fez conforme fora ensinado e realizou o dobro dos milagres de seu professor.  Discípulos fazendo discípulos (Pedro e Marcos – Paulo e Timóteo), essa tem sido a máxima da igreja em todos os tempos, e o segredo de seu grandioso crescimento universal. Estamos neste mundo para aprender e para ensinar. É enganoso o coração de quem acredita que “esconder” conhecimento o fará melhor que os demais. Isto apenas o torna mesquinho e egoísta. O homem de Deus que de graça recebe tantas dádivas tem o prazer (e a obrigação), de passar às próximas gerações tudo o que recebeu gratuitamente. Paulo poderia guardar para si todos os ensinamentos que receberá do Senhor em loco, quando esteve no terceiro céu. O apostolo, porém, ao mesmo tempo em que soube guardar segredos sobre as “revelações” pessoais que eram só dele; fez questão de compartilhar com a humanidade todas as coisas que tinha aprendido com o Senhor (I Coríntios 11:23). Passado quase dois milênios, ainda estamos bebendo na fonte aberta por Paulo, aprendendo com ele e repassando este conhecimento aos novos na fé. Um ciclo que começou em Cristo e jamais terá fim, pois teremos uma eternidade para aprender coisas novas com Jesus. Esta é a beleza de um legado. Esta é a obrigação de todo homem de Deus.

Uma coisa deve ficar muito clara. O maior legado de um líder é trabalhar para que a igreja ou organização se mantenha depois dele, tendo a alegria e o zelo em preparar e deixar alguém que ame a Deus, respeite o povo, e siga a visão deixada pelo seu legado.


Para conhecer com maior profundidade o perfil bíblico de um líder, participe neste domingo (21/09/2014), da Escola Bíblica Dominical.


Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 92  
Liderança Cristã Editora Betel

Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes 

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