segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Existe inveja "boa"?


Segundo o dicionário Aurélio, inveja é desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem, um desejo violento de possuir o bem alheio. Em outras palavras, é um sentimento que faz com que o indivíduo enxergue o que o outro tem de bom, com olhos maus. Logo, aquele que nutre um sentimento de mal-estar pela felicidade dos outros, ou um desejo incontrolável de estar no lugar dessas pessoas, está sentindo inveja.

A expressão deste sentimento raramente é verbalizada e se expressa geralmente pelo olhar. Afinal, quando se deseja algo, o primeiro botão acionado é a visão, e a cobiça passa primeiramente pelos olhos. Redes sociais, como o Facebook, são ferramentas ideais para os invejosos, pois potencializam o exibicionismo dos usuários. E como a inveja raramente é declarada, quem não suporta o sucesso alheio exposto na internet, pode corroer-se internamente, escondido atrás do computador. Quem inveja sofre mais do que quem é objeto dela. Contudo, ambas as partes precisam rever sua postura, já que um expõem desnecessariamente sua vida e o outro cobiça uma vida que não é sua. Para a psicologia científica, há duas formas de inveja que se apresentam desenvolvendo diferentes sintomas: a chamada inveja construtiva/criativa (quando produz no individuo o desejo de crescimento pessoal para se equiparar ao invejado) e a “inveja destrutiva”.

Para o cristianismo baseado na Bíblia, ao contrário do que diz a psicologia, “nenhum” tipo de inveja pode ser considerada “boa”, benéfica, construtiva ou positiva, já que é um sentimento desprovido de amor e acompanhado pelo ódio. Biblicamente a inveja é tratada como um sentimento faccioso e destruidor que, assim como o câncer, nasce no interior do homem e espalhando-se, o contamina completamente, tornando-se em podridão para os seus ossos (Tiago 3:14-16 e Provérbios 14.30). Um exemplo claro deste cenário é descrito em I Samuel 18, quando Saul, por inveja, ficou tão concentrado em destruir Davi que se esqueceu do próprio reinado.

No Novo Testamento, a “inveja” é identificada como um sentimento anticristão, quando o apóstolo Paulo escreveu em I Coríntios que as dissensões e as invejas são sentimentos pertinentes a homens carnais, e que não podem existir em alguém que se tornou espiritual e vive por Deus (3:3).  Aqueles que são corroídos pela inveja, só poderão eliminar este grande mal de suas vidas, quando o amor de Deus irradiar diariamente em seus corações.

A inveja é uma grave enfermidade que pode destruir muitas vidas, já que os invejosos patológicos não medem as consequências de seus atos.  A inveja é a arma utilizada pelos fracos que não sabem lutar pelos seus sonhos e consequentemente ocupam seu tempo tentando afetar negativamente o sonho de terceiros.

Infelizmente, em meio aos cristãos, há situações em que ministérios brilhantes são destruídos em decorrência da inveja.  Tais ministérios são interrompidos por invejosos patológicos que muitas vezes, não precisam ter o que outro possui, até porque já detêm mais do que o invejado, todavia, permitem serem tomados por este terrível mal.

O sábio Salomão classificou a inveja como podridão dos ossos, numa clara explicação que este mal começa a corroer o indivíduo de dentro para fora agindo como um câncer silencioso e incrivelmente destruidor (Provérbios 14:30). O tratamento deve ser buscado imediatamente para que se possam evitar danos ainda maiores.

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