quinta-feira, 6 de abril de 2017

EBD - A intensidade das profecias de Jeremias


Texto Áureo
Jeremias 2:5
Assim diz o Senhor: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade e tornando-se levianos?

Verdade Aplicada
Mesmo que os pecados estejam escondidos, trazem o castigo sobre si.

Textos de Referência
Jeremias 2:1-4

E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o Senhor: Lembro-me de ti, da beneficência da tua mocidade e do amor dos teus desposórios, quando andavas após mim no deserto, numa terra que se não semeava.
Então, Israel era santidade para o Senhor, e as primícias da sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre eles, diz o Senhor.
Ouvi a palavra do Senhor, ó casa de Jacó, e todas as famílias da casa de Israel.




A Vara de Amendoeira
Miquéias Daniel Gomes

Por três séculos, o povo escolhido do Senhor, caminhou divido em dois reinos. Ao Norte, dez tribos formavam o Reino de Israel. Ao Sul, Judá estabeleceu seu reino aliado a Benjamim. Porém, aos olhos do Deus de Abraão, Isaque e Jacó, a nação continuava única. Quando o Senhor anunciou a derrocada de Israel, ambos os reinos seriam atingidos pela sentença divina, que encontrou na Assíria seu chicote disciplinador. O Reino do Norte caiu em 721 AC, mas, Judá não. O Reino do Sul recebeu uma sobrevida de 120 anos, já que neste período, diversos reis que subiram ao trono, conduziram Judá para anos de arrependimento e avivamento (Ezequias e Joás, por exemplo). Nada disso impediu que Manassés, filho de Ezequias, se tornasse num rei iníquo e idólatra, que imergiu todo o reino numa era de idolatria e iniquidades. A nação se encheu de postes-ídolos e os judeus passaram a adorar divindades estrangeiras. Esta situação só fez piorar durante o reinado de Amom, o que ascendeu a ira do Senhor contra Judá.

Quando Josias assumiu o trono, promoveu uma reforma espiritual na nação, e convocou os sacerdotes, incluindo Jeremias, para retirar do templo todas as imagens de escultura. A limpeza se expandiu para os lugares de culto e espaços públicos de Jerusalém, porém, não atingiu os lares judaicos. Apesar desta reforma religiosa, a mentalidade de Judá não mudou. Deus continuava renegado a uma posição secundária.  Eles se preocupavam com suas relações pessoais e políticas, se esquecendo de voltar seus corações ao Senhor.

Quando Deus convocou Jeremias ao ministério profético, deixou claro seu desapontamento com a nação, que abria mão de beber água na fonte, e buscava matar a seca em cisternas rotas, que se secam com facilidade (Jr 2:3). As palavras de Jeremias eram pesadas e contradizia as mensagens proféticas de seu tempo. Diversos profetas se amontavam no templo e no palácio, profetizando prosperidade e vitória sobre os inimigos. Jeremias, porém, conclamava o povo a se arrepender enquanto ainda havia tempo, pois em poucos anos, o Reino de Judá seria derrotado pelos caldeus.

A primeira visão de Jeremias é também uma das mais famosas. Ele se sentia inapto a exercer seu ministério, pois se julgava “jovem demais”. Deus, então, lhe mostrou uma vara de amendoeiras, e lhe perguntou o que via. A amendoeira era a primeira árvore a florescer na primavera, e marcava o início de um novo ciclo. As flores da amendoeira também adornavam o candelabro no templo, símbolo da iluminação espiritual produzida pela obediência aos mandamentos divinos. Para alguém criado numa família sacerdotal, a visão da vara de amendoeira tinha imenso significado. Foi através da frutificação de uma vara de amendoeira sequíssima, que o Senhor confirmou o sacerdócio a Arão e sua linhagem. Desta maneira, o Senhor lhe garantiu que seu ministério seria confirmado pela fidelidade do próprio Deus (Jr 11:12). Isto, obviamente, não garantiria facilidades. Muito pelo contrário.

A segunda visão de Jeremias já dimensionou a intensidade de seu ministério. Deus lhe mostrou uma panela fervente ao norte de Judá, na direção da Babilônia. O Senhor então lhe explicou que está seria a rota da destruição de Judá, o caminho por onde seus opressores viriam (Jr 1:13-15). Neste tempo, os babilônicos ainda não tinham alcançado seu apogeu militar, e os judeus confiavam em suas alianças bélicas com o Egito. Logo, Jeremias foi desacreditado, ridicularizado e acusado de conspirar contra seu povo em benefício dos caldeus.

O peso do ministério de Jeremias fica evidenciado nas atribuições concedidas a ele por Deus. Segundo o texto biográfico de Jeremias 1:18, o Senhor o tinha estabelecido como Cidade Forte, Coluna de Ferro e Muro de Bronze, contra toda a terra, contra os reis de Judá, contra os príncipes e contra os sacerdotes. Basicamente, suas palavras afrontavam a política e a religião do reino, e o preço pago por tamanha coragem foi alto demais. Após a morte de Josias, uma sucessão de reis arrogantes e dotados de imensa apatia espiritual, transformaram a vida de Jeremias num verdadeiro inferno. Ele foi humilhado em praça pública, acusado de alta traição, preso e condenado a morte. Porém, nunca se negou a transmitir as mensagens do Senhor, mesmo que a contragosto.


Babilônia é logo ali
Pb. Bene Wanderley

Provérbios de Salomão 28:9 diz: - O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável. Um dos textos referenciados nesta lição é I Samuel 15:22, que nos revela algo grandioso sobre as preferências do nosso Deus: - Tem porventura, o Senhor, tanto prazer em holocausto e sacrifícios como em que se obedeça a palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor do que a gordura de Carneiros. Estes versos, tem muito a nos ensinar no presente, como tinham a ensinar nos dias dos profetas. Infelizmente, o povo de Judá (bem como todo Israel), não deram ouvidos a palavra do Senhor, e por isso caíram em grande desgraça. O castigo era eminente, e tinha como principal objetivo, lembra-los que Deus ainda os amava, e buscava um meio para que se voltassem ao seu Senhor; mesmo que o meio usado fosse punitivo.

Deus desviaria todo o mal que lhes estava reservado se houvesse um genuíno arrependimento. Mas, o povo continuou a se lançar no mais negro buraco de pecados. O capítulo 14 de Jeremias nos dá um panorama de cruel situação do povo. É lastimável o descaso do povo para com seu Deus. É vergonhoso testemunhar como os filhos de Deus, o povo que Ele elegeu para ser seus sacerdotes, seu particular tesouro, se revoltar, se rebelar de tal forma tão irresponsável e cheia de ingratidão. Muitas vezes me pego pensando: será realidade tal loucura? Como pode ser tal coisa! Mas, quando estudamos as profecias de Isaías a Malaquias, somos confrontados pela realidade sufocante. Aquele era um povo de dura cerviz, que só entendia a vontade do Senhor em situações extremas.

Neste trimestre, prevejo uma profunda comoção em nossas salas de escolas bíblicas. Não será possível manter neutralidade diante destes ensinamentos.  Esse assunto irá explicitar as bases necessárias para um puro e verdadeiro avivamento em nosso meio. Creio que Deus irá usar esta matéria para trazer-nos de volta ao lugar de verdadeiros servos e adoradores do Deus Todo Poderoso. É importante que nos dediquemos a ler, reler e meditar em cada lição disponibilizada, sempre fazendo uso do texto bíblico de Jeremias como parâmetro. E além disso, creio ser o momento oportuno para buscarmos novos alunos e compartilharmos este aprendizado com o máximo de pessoas possíveis. Obreiros, não percam a oportunidade de desenvolver mensagens dentro deste assunto tão importante e necessário em tempos de apatia espiritual. A realidade dos dias do profeta Jeremias, infelizmente, é realidade dos nossos dias também. Basta um olhar para essa geração, e logo identificamos os mesmos desafios que o profeta Jeremias vivenciou. Oremos ao Senhor Jesus Cristo para que ele derrame de seu Amor em nossos corações. Caso contrário, Babilônia é logo ali. 


Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 103 - Editora Betel
Jeremias - Lição 02
A intensidade das profecias de Jeremias
Comentarista: Pr. Clementino de Oliveira Barbosa














Introdução

Nesta lição, veremos a atuação e a intensidade do profeta Jeremias em suas profecias. Ele é um exemplo ao mostrar para nós que não devemos nos calar diante do pecado.

Um profeta para pregar contra o pecado

Deus convocou Jeremias num momento muito complicado da história de Judá. Usou-o para desafiar o povo a ser fiel à aliança do Senhor (Jr 2.19). Sua mensagem era clara e concisa para um povo rebelde, que insistiu em marchar rumo à punição divina, não ouvindo a voz do Senhor (Jr 26.11). Jeremias percebeu que os castigos que sobrevieram a Judá não estavam atrelados apenas aos resultados das loucuras políticas dos líderes de Judá. Os seus pecados de idolatria estavam em evidência o tempo todo, principalmente o culto à “rainha do céu”. Esta “divindade” possivelmente é uma referência a deusa Ishtar (Astarte), adorada na Mesopotâmia, deusa mãe da fertilidade, do amor e da guerra, que teve seu culto difundido em Judá (Jr 7.18).

A frase “a rainha dos céus” é mencionada na Bíblia duas vezes, ambas no livro de Jeremias (Jr 7.18; 44.17). Achava-se que ela era o cônjuge do falso deus Baal, também popularmente conhecido como Moloque. O comprometimento das mulheres em idolatrar Astarte procede da sua fama em ser a deusa da fecundidade e, como ter filhos era algo muito aguardado pelas mulheres do período, a veneração desta “rainha do céu” era abrasadora entre as civilizações pagãs. Infelizmente, este hábito pagão tornou-se conhecido entre as mulheres de Judá também.

A Bíblia relata que, em vez de haver comoção e remorso e voltar-se para Deus, os reis, sacerdotes e o povo endureceram o coração com as palavras de Jeremias (2Cr 36.11, 13). Deus estava cumprindo Suas palavras, profetizadas séculos atrás, de castigar a nação, caso ela insistisse na rebeldia, principalmente no pecado de idolatria (1Sm 15.23). Jeremias é um exemplo pela coragem no enfrentamento das situações mais críticas do povo de Israel. Ele rompeu com as principais instituições judaicas ao denunciar seus representantes.

A Palavra de Deus nos adverte que não devemos adorar imagens, pois Ele abomina a idolatria (Êx 20.1, 5). Não é somente as imagens de deuses, mas todas as coisas que venham ocupar o Seu lugar em nossas vidas. A idolatria é um dos piores pecados, visto que Jesus afirmou que o maior de todos os mandamentos é amar a Deus de todo o coração, alma e mente (Mt 22.37). Se adoramos algo que não seja o Senhor, não O amamos de todo coração. Em momento algum, Deus divide a Sua glória com alguém (Is 42.8).

O povo de Judá estava esquecendo as ordenanças do Senhor. Eles estavam mais preocupados com seus negócios pessoais do que com o seu Deus. As pregações de Jeremias foram rejeitadas por um povo amotinado, que persistiu em marchar para a punição divina: “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra. Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; e que fareis no fim disto?” (Jr 5.30-31).

Deus continua ainda hoje convidando seu povo à obediência, que é, na verdade, uma grande prova de amor. Deus deseja que Seu povo lhe obedeça e abandone os seus pecados e se volte para Ele, em reverência e obediência sincera. O profeta Miquéias profetizou as seguintes palavras: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que praticas a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.8). Que possamos ser obedientes às vontades do Mestre nas nossas vidas.

Um homem à frente das profecias

Em seu livro, Jeremias se refere diversas vezes a uma série de eventos que aconteceria caso o povo não voltasse seu coração para Deus (Jr 14.12-15). O povo se ajuntava no templo e pensava que sua segurança estava na religiosidade e não em Deus. As profecias de Jeremias falam da urgência de Juízos que sobreviriam sobre Judá (Jr 25.3, 5). Sofonias, outro profeta, também repreendeu o povo, chamando ao arrependimento, mas não foi atendido (Sf 1.4). Jeremias proferiu o juízo de Deus contra eles, dizendo que aquela casa se tornaria como Siló e que aquela cidade seria maldita entre todas as nações da Terra (Jr 26.6). Jeremias narrou assim: “Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este. Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada são proveitosas. É, pois, esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o Senhor.” (Jr 7.4, 8, 11).

O povo de Judá achava que o Senhor garantiria a proteção contra todas as catástrofes que Jeremias tinha advertido. Eles se lembravam do fato de que, quando em Samaria foi assolada, Deus tinha livrado milagrosamente Jerusalém da guerra (2Rs 19.35). Orgulhavam-se do templo, mas viviam na prática do pecado (Jr 6.14). O profeta Jeremias anuncia que tal confiança não lhes garantia o livramento (Jr 6.22), mas que eles teriam que mudar suas práticas diante do Senhor. O Senhor separou a nação de Israel como povo seleto (Gn 12.1, 3; 17.7-8; Êx 19.5-6; Dt 7.6, 26; Is 43.5, 7; Jr 7.23; 13.11; At 13.17). Jeremias foi claro em suas profecias, devido ao amor que nutria por seu povo. Ele conhecia o amor de Deus por esta nação e acreditava que os juízos de Deus poderiam ser retirados, caso a nação se arrependesse dos seus pecados (Jr 5.30-31).

Para Jeremias, o pior pecado era abandonar o Senhor (Jr 2.13). Quando nós nos entregamos de coração ao Senhor, nos sentimos leves. Ainda que não possamos entender exatamente o que Ele está realizando, podemos confiar que Ele está agindo a nosso favor (Is 64.4). Jeremias vivia na presença do Senhor. Ele dizia: “Mas tu, ó Senhor, me conheces, tu me vês e provas o meu coração para contigo.” (Jr 12.3). Jeremias nos ensina que, se estivermos acordados ou dormindo, se somos ricos ou pobres, se estamos rindo ou chorando, Ele, o Senhor está sempre conosco.

É impossível não ser grato a um Deus tão grande que, pelo Seu infinito amor, a cada dia, cuida, ama, achega, ampara e modifica. Deus mostra a Sua fidelidade a todo instante para conosco.

A preocupação de Deus pelo Seu povo não tem limites. A missão profética do Antigo Testamento tinha como finalidade principal fazer com que o povo de Israel se arrependesse e, através dele, toda a humanidade se achegasse a Cristo (Gn 3.15; 17.19; 18.18; 28.14; 49.10; Is 9.7; Mq 5.2; Dn 9.25; Jr 33.15). Os livros do Antigo Testamento estão cheios de profecias sobre o Messias. A função das profecias do Antigo Testamento era aprontar os judeus, e, através deles, toda a humanidade para a vinda do Salvador do mundo, para que, no tempo de sua vinda, fosse reconhecido e aceito por eles.

No Antigo Testamento, a começar pelos cinco livros de Moisés, também conhecido como Pentateuco, e terminando com os últimos profetas Zacarias e Malaquias, os que mais falaram sobre a chegada do Messias foram: Moisés, o rei Davi e os profetas Isaías, Daniel e Zacarias.

Deus quer restaurar o seu povo

A Bíblia no Antigo Testamento nos apresenta um total de 17 livros dos profetas para 16 autores, sendo que Jeremias registrou dois, o livro que apresenta o seu nome e Lamentações. A mensagem a respeito da restauração do povo de Deus foi uma tônica dos profetas (Is 61.1-4). Deus sempre almejou um futuro glorioso para os seus. Nos capítulos 11 e 12 de Jeremias, assistimos a aliança sendo rompida. Esta violação da aliança mosaica condenou Judá à maior de todas as maldições: o exílio babilônico. A aliança é um acordo solene entre duas ou mais partes. A Bíblia registra várias alianças estabelecidas por Deus: com Noé (Gn 9.16-17); com Abraão, o pai de Israel (Gn 17.1, 21); depois, com o povo de Israel no Sinai (Êx 19.3, 6); depois, com Davi (2Sm 7.12, 16). O Senhor Jesus Cristo é o mediador da Nova Aliança (Hb 7.22). Assim, a maldição de Deus recaiu sobre Judá por causa da violação do pacto mosaico (Êx 19.3, 6).

Ao infringir o pacto mosaico, a nação de Israel abriu passagem para a nova aliança em Cristo Jesus. A Nova Aliança é uma ideia do próprio Deus e não uma invenção dos homens. Jesus explicou isso aos Seus discípulos, quando Ele estabeleceu a Ceia do Senhor: “Este é o meu sangue da nova aliança” (Mc 14.24), isto é: “o sangue da aliança eterna” (Hb 13.20). O profeta Jeremias também disse algo a esse respeito (Jr 31.31-32).

A mensagem de Deus para a nação de Israel foi transmitida através da simbologia de um cinto de linho. Deus escolheu o profeta Jeremias para anunciar a queda de um povo contaminado pelo pecado. Deus usa esta ação simbólica no capítulo 13 do Livro de Jeremias para mostrar o estado de altivez em que se encontravam as pessoas da época. O linho era o tecido usado pelos sacerdotes (Êx 28.39). Deus exige e o enterre numa fenda do rio Eufrates. Mais tarde, Deus solicita que desenterre o cinto e o mesmo está apodrecido. Seu estado de apodrecimento simboliza a decomposição do povo. O orgulho fez separação entre a nação e o Senhor. Eles não estavam mais em condições apropriadas para se relacionar com o Senhor (Jr 13.7-9). Para Deus, eles estavam tão podres quanto o cinto, que não prestava para mais nada (Jr 13.10).

Este ato simbólico do cinto esclarece a aliança do Senhor com todo o Israel, pois assim como se liga o cinto aos lombos do homem, assim o Senhor ligou a Ele toda a casa de Israel e toda a casa de Judá.

O capítulo 14 de Jeremias declara que o povo de Judá se encontra de tal modo contaminado em seus pecados que Deus se recusou a responder até mesmo a súplica de Jeremias para que o povo fosse livrado da seca (Jr 14.11). A iniquidade de Israel é tão grave neste momento que o próprio Deus diz: “Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam”. (Jr 15.1). Deus chega ao ponto de pedir a Jeremias que não orasse pelo povo, tamanha sua situação crítica.

A obediência da autoridade a nossa comunhão com o Senhor. O sábio rei Salomão deixou registrado o seguinte: “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável” (Pv 28.9). O profeta Samuel também afirmou: “Tem, porventura, o Senhor, tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor que o sacrificar; e o atender melhor do que a gordura de carneiros” (1Sm 15.22). Infelizmente, o povo de Judá não atentou para a Palavra de Deus e, por isso, caiu em desgraça. Precisamos dar ouvidos à Palavra de Deus e dizer, continuamente, ao Senhor: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.

Conclusão

Quando Deus faz uso de um profeta para advertir Seu povo, não quer dizer que Ele não ama esse povo. A exortação de Deus é para que o homem se converta e abandone a prática do pecado. O profeta tem a finalidade de revelar o amor de Deus, a misericórdia, o juízo e o chamado ao arrependimento.





Neste trimestre, estudaremos a vida do profeta Jeremias. Veremos no decorrer das treze lições que o serviço na obra do Senhor é bastante árduo. Será uma excelente oportunidade para meditarmos sobre os propósitos de Deus ao disciplinar o Seu povo e as profecias de restauração e renovo. Que possamos ter a força necessária para prosseguir nos caminhos do Senhor e possamos nos tornar pessoas melhores na caminhada diária de nossas vidas. Para conhecer ainda mais sobre o ministério do profeta Jeremias, e as grandiosas lições retiradas de suas palavras e ações, participe neste domingo, 09 de abril de 2017, da Escola Bíblica Dominical.



Nenhum comentário:

Postar um comentário